Thursday 27 December 2012

Degustando Puerto Salinas 2008


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Vinho:
Este tinto DO Alicante foi elaborado a partir de uvas de videiras antigas de Monastrell, Cabernet Sauvignon e Garnacha Tintorera. Envelhecido 12 meses em barris de carvalho Francês, foi engarrafado sem filtragem. ABV 14,5%.

Olhos:
Maravilhosamente clara e profunda cor rubi.

Nariz:
Aromas limpos e pronunciado de frutas, especiarias e carvalho.

Boca:
Seco na boca, sua elevada acidez equilibra bem com taninos apertados. Encorpado, frutado e floral, com um leve sabor sedoso de chocolate na parte posterior da boca. Longo acabamento.

Conclusão:
Um vinho surpreendente! Aromas frutados, cheio de sabores e um carvalho sutil. Excelente!

Tuesday 25 December 2012

Degustando L'esquerda 2009

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O nome vem do seu terreno, único: L'Esquerda. Localizado a 350 metros acima do nível do mar, tem composição graníticas distribuída em colinas. L'Esquerda é caracterizado por uma composição de uvas que consistem principalmente de Syrah, completado ciom um pouco de Grenache e Carignan, que são colhidas manualmente. Como escrito em seu rótulo ", Roussillon, uma terra de lendas e história. Um lugar de contrastes também, assim como Domínio de Bila-Haut". Este L'esquerda é 10% envelhecido em barris de carvalho, o que equilibra bem suas poderosas uvas, potencializando o aroma selvagem da Syrah, a textura sedosa da Grenache e a frescura da Carignan.

Olhos: Rubi profundo

Nariz: Manifesta sua maturidade com notas de frutas negras, especiarias, florais e um pouco de seu terroir.

Boca: Boa acidez e taninos poderosos e apertado, com um acabamento longo e fresco.

Conclusão: Um vinho muito bom, potente e bem equilibrado na acidez e nos taninos, e com muita fruta. Uma verdadeira descoberta!

Tuesday 11 December 2012

Degustando Lar de Paula 2010

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Este Lar de Paula 2010 é um fantástico DOC Rioja, 100% Tempranillo, de cor rubi, com aromas limpos de frutas, especiarias e alcaçuz. Na boca a acidez média equilibra bem com os taninos arredondados, num estrutura média para encorpada. No paladar, compotas de bagas vermelhas, bem frutado, cerejas e um pouco de tabaco também. Com um final médio para longo, um belo vinho com potencial para envelhecer ainda por 3 ou 4 anos.

Friday 7 December 2012

Degustando IWS Single Cask Single Pot Still 17 anos


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O Whiskey:
Em abril, a Irish Distillers Ltd. convidou a Irish Whiskey Society (IWS) para uma viagem pela engarrafadora Fox & Geese, seguido de uma noite na Old Jameson Distillery na Bow Street, em Dublin. Lá, eles tiveram a oportunidade de provar três cascos de whiskey diferentes, dois de 15 anos e um de 17 anos.... em seguida, os presentes escolheram o casco favorito e por uma margem de 2 a 1, o número 1038 foi considerado o casco vencedor, o de 17 anos.

Este barril foi então comprado pela IWS e exclusivamente oferecido para os seus membros, engarrafado exclusivamente para a IWS. O whiskey foi engarrafado no Cask Strength, por isso tem 55,2%, extremamente limitado na oferta (apenas 204 garrafas) e é sem dúvida uma bebida para saborear durante muito tempo, e oferecer apenas uma pequena dose para os amigos mais chegados!

Nos olhos:
Muito claro, com uma bela cor dourada.

No nariz:
Limpo e pronunciado, aromas de caramelo, banana, fruta preta madura, baunilha e leite de coco.

Na boca:
Uma explosão de sabores: frutas, flores, com muita cremosidade. Um final longo, com notas de ervas e especiarias. Ao adicionar água o álcool suavizou um pouco no nariz, assim como o picante do palato.

Um excelente whiskey!

Wednesday 28 November 2012

Degustando Monterucco Riesling 08

Monterucco

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O Vinho:
Produzido por Monterucco, este vinho é de 2008 e foi feito a partir de Riesling Itálico, uma uva de alto rendimento no nordeste da Itália. Na maioria dos casos, esta uva produz vinhos relativamente suaves. Em sua melhor forma, proporciona vinhos leves, com aromas florais acentuados. É produzido região de Oltrepò Pavese (DOC), e tem 12,5% de álcool.

No olho:
Uma cativante cor ouro-amarelada, bastante diferente dos Rieslings regulares.

No nariz:
As notas de abacaxi aparecem quase que imediatamente, seguido de compota, mel, floral, e algo herbáceo ou vegetal - aspargus? Maravilhoso!

Na boca:
Tem taninos baixos, e menos acidez do que poderia, mas o abacaxi e as maçãs verdes estão lá! Ficou um pouco amargo no final, mas isto serviu para destacar um sutil retro-gosto de mel.

Conclusão:
Achei este vinho interessante, com uma complexidade no nariz e na boca além da média. Muito bom, se não excelente quando considerado o custo/benefício. EM90/100!

Tuesday 27 November 2012

Degustando um Cantina Parroco Dolcetto d'Alba 2011

Azienda San Michele

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O vinho:
A cantina San Michele é uma fazenda vinícola fundada em 1973 pelo sacerdote Don Giuseppe Cogno, Pastor de Nieve, junto com três outros produtores de Nieve, no coração da área do Barbaresco, um dos maiores vinhos tintos italianos. As vinhas ocupam seis hectares numa das melhores regiões "cru" da comuna. Este Dolcetto 100% da D.O.C. Dolcetto d'Alba pode ser consumido agora ou guardado até 2014.

No olho:
Um rubi clara, densa, profunda, muito alegre e convidativo.

No nariz:
Aroma intenso, com frutas predominam (bagas vermelhas e pretas), flores (violeta, rosa) e toffee.

Na boca:
Um sabor agradável, muito agradável, muito quente e taninos moderados com boa frescura.

Saturday 24 November 2012

Degustando Quinta do Carmo 2008


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Vez ou outra só sabe-se que se bebeu um bom vinho quando bebemos outro...

O vinho:
Este Quinta do Carmo 2008 é feito de vinhas plantadas em terreno argiloso e xistoso, à partir de de castas tradicionais alentejanas - Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet - e um pouco de Cabernet Sauvignon para dar estrutura.

No olho:
De cor ruby-garnwet profunda e límpida, evidenciando que não acabou de ser engarrafado.

No nariz:
Notas delicadas de frutas negras, chocolate e um pouco de torrada.

Na boca:
Tem delicadeza invejável e leveza própria, com taninos equilibrados e sem a acidez exagerada, além de frutas negras, tabaco e chocolate.

Comentário:
Nada de exageros e nem de pretensões. Um bom vinho, com perfil próprio e consumo específico para comidas de tempero moderado. Não decepciona e cumpre bem seu papel.

Friday 16 November 2012

Degustando um Millésime Cabernet Sauvignon 2008


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Aqui no Brasil, além dos chilenos e argentinos, eu tenho bebido o brasileiro Aurora Reserva - tanto o Cabernet Sauvignon como o Tanat. Eles mostraram serem bons vinhos, e melhor ainda se considerarmos o preço: R$25 (€9,50).

Eu provei o "Pequeanas Partilhas", mas confesso que não me impressionou muito... tanto que nem me incomodei em mencioná-lo. Agora provo o Millésime, um topo de linha da vinícola Aurora. Eles só fizeram este vinho de 5 colheitas - 1991, 1999, 2004, 2005 e 2008. Particularmente esta safra descansou 10 meses em barris de carvalho americanos e franceses.

Vinho:
Este é um Aurora Millésime Cabernet Sauvignon 2008, produzido na Serra Gaúcha, Brasil. O preço é de R$54 (€20). A degustação se deu na casa de meus pais, em 16/11/2012.

Olho:
Límpido, de cor granada profunda, com uma auréola alaranjada nas bordas.

Nariz:
Tem um cheiro limpo, com intensidade acentuada, com notas de frutas maduras, amoras, cassis, carvalho, coco e cedro.

Boca:
Seco, com uma acidez de média para alta, equilibrada com os taninos elegantes. De corpo médio quase encorpado, com final de médio para longo. Compota de frutas, groselha, e um pouco de vegetais (pimentão verde), além do carvalho.

Conclusão:
Um bom vinho, ainda, mostrando mais notas herbáceas e vegetais que frutas, mas com boas notas de frutas negras no olfato. 89/100

Friday 9 November 2012

Degustando Elos 2007

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Uma vez que eu estou no Brasil, senti-me quase que no dever de provar algo nacional.

Eu sempre tive em mente que o vinho brasileiro não era bom, devido muito mais ao custo preço/benefício do que pela qualidade em si. Chegou a horade comprovar.

Entrei numa bela casa de vinhos, num belo shopping centre. O rapaz, muito simpático e prestativo, parecia desesperado por me ajudar - o que eu permiti. Disse-lhe que queria provar um bom nacional! Como todo bom vendedor, ele veio com os topo de linha, que eu educadamente recusei. Procurava algo honesto, como honestos são os vinhos argentinos e chilenos na faixa de 40 a 50 reais (15 a 20 euros). Ele nos apresentou um Elos 2007, de Lídio Carraro que degustei na casa de meus pais, em São Caetano do Sul, SP, Brasil.

O vinho:
Elos 2007, produzido por Lidio Carraro em Terras de Encruzilhada do Sul, Bento Gonçalves, Brasil. Tem 13% de álcool e é feito das uvas Malbec e Cabernet Sauvignon, sem informar a proporção. Custou-me R$65 (€25).

No olho:
A cor não estava muito clara. Sugeria ser um amarelo-acastanhado profundo, mas na verdade estava um pouco brumoso, quase atijolado.

No nariz:
O aroma estava um tanto impuro, sem muita definição. De intensidade média, apresentava notas sutis de amoras, framboesa e um pouco de compota cozida de frutas vermelhas.

Na boca:
Seco e de média acidez, poucos taninos e corpo médio. No paladar pouca fruta (amoras, geléia) e vegetais (repolho, asparagus).

Conclusão:
Poderia ser um vinho bom, beirando a fronteira do médio, mas levando em consideração o preço, classifico ele como médio, beirando a fronteira do bom. Um vinho aceitável. EM-78/100.

Friday 2 November 2012

Degustando Whiskies de Highland

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Esses whyskies foram provados durante um encontro da Irish Whiskey Society, onde diferentes whiskies e whiskeys são provados todos os meses.

A Escócia se divide em 5 regiões de whiskies: Highlands, Lowland, Islay, Speyside, e recentemente a re-instituída Campbeltown. A degustação deste mês abrangeu algumas destilarias escocesas.

Eis as minhas notas, tomadas durante a degustação, em 25/10/12:

Glenturret
10yo - 40% - 40€


Malte e cereais no nariz.
Um toque de cascas de frutas e passas.
Há doçura de carvalho e riqueza
no paladar, com uma nota ligeira de mentol,
e um acabamento de final médio.



Oban
14yo - 43% - 59€


Batata-doce e cevada maltada
no nariz, com algumas nuances de anis.
No paladar, baunilha e um pouco de xerez.
Uma textura mineral, quase cremosa,
com um acabamento bem longo.
A água não adicionou muito.



Lochnagar
12yo - 40% - 42€


No nariz, uma nuance salgada
por trás das frutas. Fácil de beber
doce e seco no palato. Um acabamento agradável,
deixando um aroma sutil e mel e carvalho.
Não achei complexo.



Dalwhinnie
15yo - 43% - 45€

Luz dourada,
e malte doce no nariz,
com mel e notas de madeira.
Corpo médio, mel
e palato salgado, com notas de baunilha,
manteiga e fumaça. Dica de sal e mel
com um acabamento decente.

Clynelish
14yo - 46% - 46€



Cor marrom-profundo luz amarela,
salgado, picante e frutado no nariz,
ameixa seca persistente e frutas secas doce.
Cítrica, doce e sedosos esplêndidas acabamento longas.





Old Pulteney
17yo - 46%


Fresco no nariz, com frutas, frutas secas
e algumas notas salgadas. Doce no paladar,
com um pouco de cascas de frutas cítricas e alcaçuz. Notas de
cevada maltada e cereal.
Final longo e sedoso, revela carvalho e mentol.



Glenglassaugh Revival
6yo - 46% - 48€


Este era o meu favorito! Envelhecido em barris de Oloroso,
é doce, com notas de mel e malte de cevada no nariz.
Ameixas maduras, passas e casca de laranja no palato,
com nozes, especiarias, xerez e caramelo.
Um acabamento arredondado e cremoso.

Monday 29 October 2012

Degustando um Girlan St. Magdalener

www.girlan.it

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Este é outro vinho que eu trouxe da Itália para alguns amigos, e eu estou postando minhas impressões antes mesmo deles provarem o vinho! Me desculpem, mas eu não pude esperar para experimentar este: depois de tantos imprevistos, eles finalmente chegaram!

Este vinho é feito de uvas Schiava, uma referência na viticultura ao sul de Tirol, e encanta pela sua frescura e brilhante cor rubi. É levemente tânico, de baixa acidez e levemente alcoólico - 12,5%. Com delicadeza traz aromas de frutas vermelhas ao nariz, predominantemente morangos, e um toque de cereja, groselha, e flores, com uma persistência discreta. Acompanha muito bem frios e queijos suaves.

Estagiado em barricas de cimento, é ideal para o final do verão / início do outono. Feito para ser consumido fresco, pode ser servido entre 14ºC e 16ºC.

Agora, se você não está mais no clima de verão - definitivamente não, cá na Irlanda! - você ainda pode mantê-lo até o próximo ano, mas ele lhe trará o mesmo prazer se o beber já!

Thursday 25 October 2012

Degustando um CR&F Aguardente Velha Reserva


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Outro da minha bagagem de Portugal. Impossível, estando em férias, não se permitir um agrado! Depois daqueles jantares maravilhosos, vinhos divinos e sobremesas encantadoras, as únicas coisas que você precisa é de um bom expresso e de uma dose de um digestif! Como gosto de ir além dos padrões, surpreendentemente descobri este CR&F em um pequeno restaurante em Lagoa. Depois de provar um naquela noite, tive que comprar a garrafa e fazer uma degustação adequada...

Esta Aguardente Velha Reserva é feita por Carvalho, Ribeiro & Ferreira (CR&F), em Vila Nova de Gaia, Portugal. O mesmo lugar onde os vinhos do Porto são produzidos. A primeira coisa que lhe chama a atenção é a garrafa: um design e único de produção semi artesanal que dá uma identidade própria à bebida.

De aparência límpida e exibindo uma cor âmbar de média intensidade, os aromas de nozes, amêndoas e nectarinas são bastante pronunciados depois que deixamos o álcool arejar um pouco. No palato, reitera-se as nozes, com notas de avelãs e um gosto medicinal que poderia lembrar alcaçuz e zimbro; bem seco e de médio corpo e final também médio.

Uma aguardente envelhecido bom por uns bons anos em barris de carvalho nacional, com sabores suaves e aromas ricos e complexos. Uma aguardente potente e bem equilibrada!

Monday 22 October 2012

Degustando um Reserva Lagoa 2009


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Este encorpado vinho português, da região de Lagoa (DOP - Denominação de Origem Protegida) destaca-se pelo preço - meros 2,20 euros! Comprei-o na Adega Única, onde as uvas Crato Preto, Aragonês e Castelão são vinificadas e então o vinho produzido e engarrafado. Tem uma coloração bem Rubi, e aromas pronunciados de frutas negras e olivas. Embora encontre-se já bem maduro, os taninos sugerem que o vinho poderia envelhecer um pouco mais. Melhor bebê-lo agora ou no próximo ano.

No paladar, notas medicinais e de cogumelos. A fruta não é muita, é verdade, mas ainda assim pode-se perceber um leve gosto de mirtilo, amora, e por vezes groselhas negras. Um vinho de particular característica, que me deixou um tempo entre a descepção curiosidade... optei pela curiosidade.

Sua alta acidez permite que acompanhem pratos fortes, com molhos intensos. Eu belisquei um Wicklow Blue, uma das muitas iguarias irlandesas, e o vinho ganhou muito no paladar!


Como disse, um vinho curioso...

Sunday 21 October 2012

Sobre a pontuação Parker

Robert Parker

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O sistema de avaliação Parker emprega uma escala de 50 a 100 pontos (Pontos Parker®), que é utilizado apenas para melhorar e complementar as anotações por escrito, a principal maneira de expressar as degustações.

Robert Parker é sem dúvida o crítico de vinho mais influente do mundo. Seu boletim bimestral "The Wine Advocate" foi publicado pela primeira vez em 1978 e tem um profundo efeito sobre os preços e a demanda de mercado para vinhos finos no mundo. A influência de Parker sobre os preços de vinhos não pode ser subestimada. Historicamente, os vinhos bem pontuados por Parker, particularmente aqueles a partir de 90 pontos, são os vinhos cujos preços tendem a ser supervalorizados.

Como funciona:
A cada vinho é dado uma pontuação inicial de 50 pontos. Cor e aparência podem render até 5 pontos. Aroma e buquê até 15. Sabor e acabamento rendem até 20. E, finalmente, o nível de qualidade geral ou potencial para a evolução e aprimoramento/envelhecimento rendem até 10 pontos.

Muitos produtores de Bordeaux esperam pelas avaliações de Parker antes de definirem o preço de lançamento de seus vinhos... já andam até produzindo vinhos com estilos voltados para a pontuação Parker. Seria o Capital sobrepondo a arte na produção de vinhos?

A classificação de Parker explicada:
96-100:
Um vinho extraordinário, de caráter profundo e complexo, que exibe todos os atributos esperados de um clássico da sua variedade. São vinhos que valem a pena um esforço especial para encontrar, adquirir e consumir.

90-95:
Um vinho excelente, de complexidade excepcional e muito caráter. Sãoa vinhos maravilhosos.

80-89:
Vinhos entre um pouco acima da média e muito bons, que exibem vários graus fineza, sabor e caráter, sem falhas aparentes.

70-79:
Um vinho médio, com pouca distinção, exceto que ele é bem feito. Essencialmente, um vinho simples e inócuo.

60-69:
Um vinho abaixo da média, com deficiências visíveis, como acidez e/ou taninos excessivos, ausência de sabor, ou possivelmente aromas ou sabores impuros.

50-59:
Um vinho considerado inaceitável.
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Saturday 20 October 2012

Degustando um Llebre 2009


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Eu trouxe este vinho recentemente da Espanha para alguns amigos, e o resultado foi positivo... Pudera, ele tem uma respeitável estampa de 90 pontos Parker! Então eu decidi prová-lo.

Llebre é produzido por Tomás Cusiné, que está localizado no lado norte da Serra de La Llena, parte da Sierra del Montsant. Seus vinhedos ficam numa altitude entre 700 e 740 metros, os solos são de pedra calcária e as terras possuem cascalho na superfície com subsolo argiloso. Costers Del Sagres é uma área DO (Denominación de Origen).

Llebre 2009 é feito de Tempranillo, Merlot, Cabernet Sauvignon, Grenache, Carignan e Syrah, foi envelhecido em barris de carvalho francês por 3 meses antes de ser engarrafado, o que traz notas tostadas ao paladar, e um aroma sutil de carvalho ao nariz.

No aroma também há abundância de frutas vermelhas, e na boca ele é sedoso e fresco, com taninos macios, paladar de compotas de frutas vermelhas, especiarias, e um carvalho discreto.

Um vinho muito bom, na qual eu apreciei com um bife levemente apimentado, ao molhe de vinho... Fantastique!

Friday 19 October 2012

Uma taça para cada vinho


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Meu pai diria que é frescura, mas a verdade é que o formato da taça pode alterar o aroma e o gosto do vinho.

Em geral, cada taça tem um formato diferente, dependendo do tipo de vinho que se queira provar. A taça deve ser incolor e fina para não alterar o sabor do vinho. Por isso, esqueça aquelas taças decorada e coloridas que sua tia lhe deu. Elas podem ser lindas, mas não são para vinhos!

Existem vários tipos de taças. Um taça pode ser de 125, 250 ou 350 ml. Na hora de servir, é importante notar que a taça não deve ser totalmente cheia, e assim deixar espaço para o vinho respirar. Com movimentos circulares na taça, você fará com que a sutileza do buquê se revele, e que os sabores se misturem.

Todas as taças são concebidas de maneira a direcionar o vinho para a parte da boca onde seu sabor será mais apreciado, e a forma tem de ser adaptada de acordo com as características do álcool. Cada vinho conm seu tipo de taça!

A maioria das taças são abauladas de baixo para cima, com uma abertura um pouco mais estreita na parte superior do que na base, o que ajuda a capturar o aroma do vinho na taça e distribuir em direção à boca e nariz.

As taças devem ser grandes o bastante para girar o vinho, abrindo-o a mais e permitindo que seus aromas sejam revelados. Por isso, girar o vinho na taça não é apenas para conhecedores, ou metidos a... O movimento realmente serve um propósito muito importante!

Assim, muito além das tradicionais taças para vinhos vermelho, branco, doce e espumantes, há muitos outras particularidades que fazem o cheiro e o sabor do vinho evoluirem. Apenas deixe-se levar, arrisque e prove por si mesmo!


Thursday 18 October 2012

Um blog sobre vinhos


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Um blog para contar histórias sobre vinhos, histórias contidas nas garrafa, reveladas quando você prova uma taça. E mesmo que você apenas queira beber o vinho sem se preocupar com história nenhuma, ainda assim tudo bem! Para aqueles que são realmente apaixonados pelo vinho é quase impossível tomar uma taça sem tentar captar o que está além dela!

Eu entrei nessa de vinhos há alguns anos, quando comecei a ler mais sobre eles... Eu era curioso sobre os diferentes países produtores e as diferentes uvas... Tanta variedade! Quando me mudei para a Europa passei a viajar muito, principalmente para países produtores de vinho. Nessa época saciei muito minha curiosidade, e isso me abriu mais a cabeça, me pôs mais em contatos com produtores, e me deu uma idéia das histórias que vão dentro das garrafa. Sem querer, eu já estava desenvolvendo um conhecimento natural para os vinhos, mas foi só este ano que decidi levar o negócio a sério, e me matriculei em um curso do WSET. Embora eu tenha muito o que aprender ainda, o primeiro curso já expandiu minhas experiências de uma maneira que eu, sinceramente, não esperava! Tanto que estarei lá no próximo ano!

Por causa do meu interesse por vinhos, meus amigos costumam me perguntar "o que faz um bom vinho", mas isso é uma pergunta que eu não posso responder! Além da tecnicidade da estrutura, da acidez, e dos taninos, um bom vinho é aquele que você comprar e desfrutar com prazer! O tecnicismo pode ajudar um pouco, e até mesmo sugerir alguma comida para acompanhar, mas no final das contas, o prazer é o mais importante quando se procura um bom vinho!

Neste espaço, vou escrever sobre o meu gosto pessoal, com base no conhecimento que ainda estou adquirindo. Espero que vocês gostem, e espero que possamos aprender um pouco mais juntos...

Saúde!