Wednesday 28 November 2012

Degustando Monterucco Riesling 08

Monterucco

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O Vinho:
Produzido por Monterucco, este vinho é de 2008 e foi feito a partir de Riesling Itálico, uma uva de alto rendimento no nordeste da Itália. Na maioria dos casos, esta uva produz vinhos relativamente suaves. Em sua melhor forma, proporciona vinhos leves, com aromas florais acentuados. É produzido região de Oltrepò Pavese (DOC), e tem 12,5% de álcool.

No olho:
Uma cativante cor ouro-amarelada, bastante diferente dos Rieslings regulares.

No nariz:
As notas de abacaxi aparecem quase que imediatamente, seguido de compota, mel, floral, e algo herbáceo ou vegetal - aspargus? Maravilhoso!

Na boca:
Tem taninos baixos, e menos acidez do que poderia, mas o abacaxi e as maçãs verdes estão lá! Ficou um pouco amargo no final, mas isto serviu para destacar um sutil retro-gosto de mel.

Conclusão:
Achei este vinho interessante, com uma complexidade no nariz e na boca além da média. Muito bom, se não excelente quando considerado o custo/benefício. EM90/100!

Tuesday 27 November 2012

Degustando um Cantina Parroco Dolcetto d'Alba 2011

Azienda San Michele

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O vinho:
A cantina San Michele é uma fazenda vinícola fundada em 1973 pelo sacerdote Don Giuseppe Cogno, Pastor de Nieve, junto com três outros produtores de Nieve, no coração da área do Barbaresco, um dos maiores vinhos tintos italianos. As vinhas ocupam seis hectares numa das melhores regiões "cru" da comuna. Este Dolcetto 100% da D.O.C. Dolcetto d'Alba pode ser consumido agora ou guardado até 2014.

No olho:
Um rubi clara, densa, profunda, muito alegre e convidativo.

No nariz:
Aroma intenso, com frutas predominam (bagas vermelhas e pretas), flores (violeta, rosa) e toffee.

Na boca:
Um sabor agradável, muito agradável, muito quente e taninos moderados com boa frescura.

Saturday 24 November 2012

Degustando Quinta do Carmo 2008


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Vez ou outra só sabe-se que se bebeu um bom vinho quando bebemos outro...

O vinho:
Este Quinta do Carmo 2008 é feito de vinhas plantadas em terreno argiloso e xistoso, à partir de de castas tradicionais alentejanas - Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet - e um pouco de Cabernet Sauvignon para dar estrutura.

No olho:
De cor ruby-garnwet profunda e límpida, evidenciando que não acabou de ser engarrafado.

No nariz:
Notas delicadas de frutas negras, chocolate e um pouco de torrada.

Na boca:
Tem delicadeza invejável e leveza própria, com taninos equilibrados e sem a acidez exagerada, além de frutas negras, tabaco e chocolate.

Comentário:
Nada de exageros e nem de pretensões. Um bom vinho, com perfil próprio e consumo específico para comidas de tempero moderado. Não decepciona e cumpre bem seu papel.

Friday 16 November 2012

Degustando um Millésime Cabernet Sauvignon 2008


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Aqui no Brasil, além dos chilenos e argentinos, eu tenho bebido o brasileiro Aurora Reserva - tanto o Cabernet Sauvignon como o Tanat. Eles mostraram serem bons vinhos, e melhor ainda se considerarmos o preço: R$25 (€9,50).

Eu provei o "Pequeanas Partilhas", mas confesso que não me impressionou muito... tanto que nem me incomodei em mencioná-lo. Agora provo o Millésime, um topo de linha da vinícola Aurora. Eles só fizeram este vinho de 5 colheitas - 1991, 1999, 2004, 2005 e 2008. Particularmente esta safra descansou 10 meses em barris de carvalho americanos e franceses.

Vinho:
Este é um Aurora Millésime Cabernet Sauvignon 2008, produzido na Serra Gaúcha, Brasil. O preço é de R$54 (€20). A degustação se deu na casa de meus pais, em 16/11/2012.

Olho:
Límpido, de cor granada profunda, com uma auréola alaranjada nas bordas.

Nariz:
Tem um cheiro limpo, com intensidade acentuada, com notas de frutas maduras, amoras, cassis, carvalho, coco e cedro.

Boca:
Seco, com uma acidez de média para alta, equilibrada com os taninos elegantes. De corpo médio quase encorpado, com final de médio para longo. Compota de frutas, groselha, e um pouco de vegetais (pimentão verde), além do carvalho.

Conclusão:
Um bom vinho, ainda, mostrando mais notas herbáceas e vegetais que frutas, mas com boas notas de frutas negras no olfato. 89/100

Friday 9 November 2012

Degustando Elos 2007

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Uma vez que eu estou no Brasil, senti-me quase que no dever de provar algo nacional.

Eu sempre tive em mente que o vinho brasileiro não era bom, devido muito mais ao custo preço/benefício do que pela qualidade em si. Chegou a horade comprovar.

Entrei numa bela casa de vinhos, num belo shopping centre. O rapaz, muito simpático e prestativo, parecia desesperado por me ajudar - o que eu permiti. Disse-lhe que queria provar um bom nacional! Como todo bom vendedor, ele veio com os topo de linha, que eu educadamente recusei. Procurava algo honesto, como honestos são os vinhos argentinos e chilenos na faixa de 40 a 50 reais (15 a 20 euros). Ele nos apresentou um Elos 2007, de Lídio Carraro que degustei na casa de meus pais, em São Caetano do Sul, SP, Brasil.

O vinho:
Elos 2007, produzido por Lidio Carraro em Terras de Encruzilhada do Sul, Bento Gonçalves, Brasil. Tem 13% de álcool e é feito das uvas Malbec e Cabernet Sauvignon, sem informar a proporção. Custou-me R$65 (€25).

No olho:
A cor não estava muito clara. Sugeria ser um amarelo-acastanhado profundo, mas na verdade estava um pouco brumoso, quase atijolado.

No nariz:
O aroma estava um tanto impuro, sem muita definição. De intensidade média, apresentava notas sutis de amoras, framboesa e um pouco de compota cozida de frutas vermelhas.

Na boca:
Seco e de média acidez, poucos taninos e corpo médio. No paladar pouca fruta (amoras, geléia) e vegetais (repolho, asparagus).

Conclusão:
Poderia ser um vinho bom, beirando a fronteira do médio, mas levando em consideração o preço, classifico ele como médio, beirando a fronteira do bom. Um vinho aceitável. EM-78/100.

Friday 2 November 2012

Degustando Whiskies de Highland

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Esses whyskies foram provados durante um encontro da Irish Whiskey Society, onde diferentes whiskies e whiskeys são provados todos os meses.

A Escócia se divide em 5 regiões de whiskies: Highlands, Lowland, Islay, Speyside, e recentemente a re-instituída Campbeltown. A degustação deste mês abrangeu algumas destilarias escocesas.

Eis as minhas notas, tomadas durante a degustação, em 25/10/12:

Glenturret
10yo - 40% - 40€


Malte e cereais no nariz.
Um toque de cascas de frutas e passas.
Há doçura de carvalho e riqueza
no paladar, com uma nota ligeira de mentol,
e um acabamento de final médio.



Oban
14yo - 43% - 59€


Batata-doce e cevada maltada
no nariz, com algumas nuances de anis.
No paladar, baunilha e um pouco de xerez.
Uma textura mineral, quase cremosa,
com um acabamento bem longo.
A água não adicionou muito.



Lochnagar
12yo - 40% - 42€


No nariz, uma nuance salgada
por trás das frutas. Fácil de beber
doce e seco no palato. Um acabamento agradável,
deixando um aroma sutil e mel e carvalho.
Não achei complexo.



Dalwhinnie
15yo - 43% - 45€

Luz dourada,
e malte doce no nariz,
com mel e notas de madeira.
Corpo médio, mel
e palato salgado, com notas de baunilha,
manteiga e fumaça. Dica de sal e mel
com um acabamento decente.

Clynelish
14yo - 46% - 46€



Cor marrom-profundo luz amarela,
salgado, picante e frutado no nariz,
ameixa seca persistente e frutas secas doce.
Cítrica, doce e sedosos esplêndidas acabamento longas.





Old Pulteney
17yo - 46%


Fresco no nariz, com frutas, frutas secas
e algumas notas salgadas. Doce no paladar,
com um pouco de cascas de frutas cítricas e alcaçuz. Notas de
cevada maltada e cereal.
Final longo e sedoso, revela carvalho e mentol.



Glenglassaugh Revival
6yo - 46% - 48€


Este era o meu favorito! Envelhecido em barris de Oloroso,
é doce, com notas de mel e malte de cevada no nariz.
Ameixas maduras, passas e casca de laranja no palato,
com nozes, especiarias, xerez e caramelo.
Um acabamento arredondado e cremoso.